MEUS MARES, MEUS MEDOS, MINHAS TRAVESSIAS...
Episódio nº 1
Às vezes bate um desconsolo, sentimentos que vão e vêm e se mostram, se revelam e saem inesperadamente por detrás de uma cortina de um palco mal iluminado e por um instante fugaz, brilham em cena, intrometendo-se fugidiamente no espetáculo até então tranquilo e calmo do meu dia. Nem sempre presto muita atenção pra eles. Não gosto da sensação de mal estar e abalo que eles me provocam. Pra ser sincera, nestes momentos me dá uma vontade rápida e grande de fugir e então procuro algo para aliviar esse desconforto: música, livros, pia pra lavar (água corrente é calmante, sabia?) ou qualquer outra coisa que me ocupe e me distraia com uma dose relativa de prazer.
Refletindo melhor sobre isso, penso que faço errado. Há uma linha da neurolinguística que defende a tese de que a cada pensamento negativo que surge em nossas mentes, devemos combatê-lo com um pensamento ou afirmativa positiva.
Isso sempre me soou meio falso, porque me traz uma sensação de negação. Gosto bem ao contrário: prefiro puxar o “fio da meada” e tentar descobrir o que está por detrás daquela sensação, qual é o “fantasminha” camarada ou não que está me perseguindo e me assustando. Trazer tais sentimentos para o centro de meu palco, jogar a luz dos holofotes internos sobre eles me assusta menos e me acalma mais. Toda vez em que me disponho a fazer isso, dessa forma, minha alma se sente mais acolhida e em paz. O problema é que nem sempre estou emocionalmente disponível para olhar isso com o afeto, carinho e atenção necessários. A mim me parece que estou sempre correndo, com pressa, ansiosa para chegar a algum lugar. Há sempre essa sensação do "engolir" o momento porque tenho que alcançar algum ponto. E no final, não há ponto algum a ser alcançado. São minhas ansiedades acumuladas nos fios de tantos anos, vivenciadas, entronizadas no meu dia-a-dia como se fossem normais, como se dele fizessem parte como o escovar dos dentes ou o banho diário. Conscientizar-se disso é dizer-se: É... tá na hora de mudar, garota, de ficar mais esperta, mais zen e partir pro abraço solto e o exercício a cada momento:
Isso sempre me soou meio falso, porque me traz uma sensação de negação. Gosto bem ao contrário: prefiro puxar o “fio da meada” e tentar descobrir o que está por detrás daquela sensação, qual é o “fantasminha” camarada ou não que está me perseguindo e me assustando. Trazer tais sentimentos para o centro de meu palco, jogar a luz dos holofotes internos sobre eles me assusta menos e me acalma mais. Toda vez em que me disponho a fazer isso, dessa forma, minha alma se sente mais acolhida e em paz. O problema é que nem sempre estou emocionalmente disponível para olhar isso com o afeto, carinho e atenção necessários. A mim me parece que estou sempre correndo, com pressa, ansiosa para chegar a algum lugar. Há sempre essa sensação do "engolir" o momento porque tenho que alcançar algum ponto. E no final, não há ponto algum a ser alcançado. São minhas ansiedades acumuladas nos fios de tantos anos, vivenciadas, entronizadas no meu dia-a-dia como se fossem normais, como se dele fizessem parte como o escovar dos dentes ou o banho diário. Conscientizar-se disso é dizer-se: É... tá na hora de mudar, garota, de ficar mais esperta, mais zen e partir pro abraço solto e o exercício a cada momento:
- um passo de cada vez
- um dia de cada vez
- o foco no momento presente e