ONDE TUDO COMEÇA

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quarta-feira, 27 de maio de 2015



OS DIAS ASSOMBRADOS 
ou 
DE VERDADE, NADA É PARA SEMPRE


A vida é forte, pulsante, vibrante, surpreendente e, sobretudo, milagrosa, misteriosa e mágica. Quando estamos sob seu processo, no percurso desse caminho, vamos nos tornando vulneráveis a todos esses movimentos, ora dentro de nós, ora fora de nós. Doenças que, como o câncer, trazem consigo o signo da dimensão espiritual, têm a especial qualidade de nos permitir vivenciarmos todas essas sensações. Querendo ou não, somos forçados a um despertar, a um estar atento, a uma atitude amorosa de escuta e percepção de tudo aquilo que não só se manifesta dentro de nós, em nosso corpo físico, mental, emocional e espiritual, mas também, no mundo exterior a nós. E muitas e muitíssimas vezes, quando estamos mortalmente feridos, sendo regidos pelo signo de uma doença incurável e degenerativa, a travessia pela conquista da saúde pode ser - e costuma ser - rica de eventos sombrios, desconcertantes e assustados .  Ou, na melhor das hipóteses, também pode não ser. O fato é que, quando nos confrontamos com doenças desse gênero cada dia é um novo dia que se apresenta de uma forma diferente. Hoje, por exemplo, acordei com uma  dor nas costas maior do que nos outros dias. Venho tomando remédio para tentar acalmar esse mal-estar, mas, nada ... respiro e dói. É uma dor que está comigo já há uma semana e que até o momento  não está me impedindo de andar ou fazer outras coisas de meu dia a dia. Mas... é uma dor que provoca estranhamento e surpresa. Olho para ela e sinto-a como uma ameaça: algo está errado! Além disso, é uma dor que me incomoda, que me coloca subitamente em estado de insegurança e ansiedade. Que me faz penetrar no escuro de mim mesma tentando enxergar alguma coisa que possa me apontar o caminho a seguir diante dessa pequena “esfinge” que, de repente, saltou a minha frente apresentando-me suas pequenas garras. A palavra MEDO não me aflora nesse momento nenhum sentimento maior. Também, não quero reforçar esse sentimento dentro de mim. Estar me sentindo insegura e ansiosa já está sendo o suficiente para causar tremores e abalos sísmicos em meus pensamentos.

E já que os remédios estão se mostrando ineficientes para fazer essa dor desaparecer, eu adiciono em meu socorro as palavras do psicanalista Guy Corneau, autor do magnífico livro REVIVRE, no qual ele relata sua jornada de cura de um câncer em estágio avançado: 

Dias difíceis
Eu convido você para meditar... sei bem que há aqueles dias em que nada funciona bem, onde se é incapaz de sorrir para qualquer coisa, nem  adentrar no interior de si mesmo. São aqueles dias onde se pode constatar até que ponto nossas preocupações e nossas inquietudes possuem ainda o poder de nos afastar de nós mesmos. Quando isso me acontece, eu faço então uma coisa muito simples: eu me transformo numa testemunha gentil e mesmo curiosa de toda aquela agitação interna. É a vida que ali está, forte, ruidosa, em movimento, magnífica. De todo modo, tudo é transitório e esse estado vai terminar por se acalmar. Isto pode durar algum tempo, mas acabará por se acalmar.



segunda-feira, 25 de maio de 2015



ONDE ESTÁ A SUA VARINHA DE CONDÃO?

Nós procuramos no exterior a varinha de toque mágico. Mas ela vem do nosso interior. A doença serve justamente para despertar a mágica da vida, cujos recursos dormem, negligenciados. Eu não sei por que razão é tão difícil de se convencer de tal coisa. Sem cessar, eu devo lembrar a mim mesmo. Sem cessar. O mecanismo consistente em buscar a ajuda no âmbito exterior é tão forte que, com a maior facilidade do mundo, nos esquecemos de que as sensações de amor, de paz e de liberdade interior constituem os mais poderosos agentes de cura." 
(Guy Corneau, in REVIVRE, pág. 238 - livre tradução)





Fomos educados em nossa cultura ocidental a só valorizar o que é visível, palpável, “cheirável”, tangível e degustável. Nosso mundo prioriza o físico e seus eventos. O que está fora dessa percepção ou enquadramento, é descartável do ponto de vista científico. Intuições, premonições, sonhos, desejos, fé, arrepios de quaisquer espécies são considerados apenas como meras fantasias que beiram ao quase infantil, ingênuo, inocente e, portanto, sem valor algum a ser ponderado. Assim crescemos com essas crenças. E ao atingirmos a vida adulta, passamos a só nos interessar por aquilo que podemos ver, ouvir, tocar, cheirar, provar. O resto  passa a ser pura superstição ou de relevo apenas para artistas e poetas. É dessa forma que confiamos mais no remédio do que na capacidade do corpo de se auto-curar. Confiamos mais nas palavras do médico do que nos dizem nossas intuições e premonições. Confiamos mais no aparelho que nos escaneia da ponta dos dedos dos pés até a raiz última dos fios de cabelo do que em algum mal-estar angustiante ou sonho que nosso corpo prenuncia. Somos voltados para o lado de fora. Para o exterior. 

Albert Kreinheder em seu magnifíco livro “CONVERSANDO COM A DOENÇA”, nos relata sua experiência e angústia diante de seu colega-médico que, ao diagnosticar-lhe a doença, apenas tinha  os olhos voltados para as imagens projetadas pelos exames, observando , cuidadosamente as fotografias dos tecidos, ossos, órgãos e mesmo as taxas dos exames de sangue, sem dar a mínima para ele na qualidade de paciente inundado de sonhos, desejos, medos, esperanças, ansiedades e sentimentos diversos que não eram capazes de  estar ali  nos exames refletidos. E, no entanto, eram eles de fato que, naqueles momento, comandavam de forma autônoma o espetáculo e se manifestavam tão reais, tão autênticos, tão pulsantes, tão verdadeiros, tão fortes e vibráteis que as batidas de seu coração lhes obedeciam incontroladamente. Mas, não, o turbilhão  de sensações na mente e no corpo dele, paciente, era irrelevante para aquele doutor de formação médico-acadêmico-ocidental. Sua atenta anamnese , seu excelente diagnóstico e a cuidadosa prescrição do tratamento  a ser feito só levavam em consideração apenas a parte física do corpo humano. Como talvez diria o filósofo e matemático René Descartes na atualidade: uma coisa é a razão, outra coisa é a emoção e, por favor, Senhores, não misturemos os canais!

Emoções, sentimentos, pensamentos ainda hoje fazem parte do “pacote” de forma acidental e ainda não são, na grande maioria dos casos, considerados importantes para diagnóstico e tratamento das doenças, sejam elas graves ou não. Mas o fato é que o corpo tem a sua inteligência emocional e ela fala por meio dele. Somos um psicossoma. Cada célula de nosso corpo é um ser inteligente. Reflete, como tal,  em seu microcosmo o espírito que a alimenta e a faz pulsar. Alegrias ou tristezas as fazem reagir de formas diversas. Candice Pert provou cientificamente que os neuropeptídeos , moléculas da emoção, têm o fiel trabalho de se comunicar com todas a áreas do nosso corpo levando-lhes as mensagens emocionais emitidas pelo nosso cérebro. Ter consciência dessa realidade é, talvez, o primeiro passo para acionarmos nossos mecanismos internos de cura. Ao nos conectarmos com nossas emoções, sentimentos e nosso espírito entramos em relação com diversas “entidades” que habitam no interior de nosso ser, quais sejam, o espírito do curador, do mestre, do sábio, do guerreiro e herói, do discípulo...Doenças, tais como o câncer, possuem a  qualidade de fortemente nos conduzir a nossa dimensão espiritual e ao confronto direto com a finitude da vida e nosso limite dentro da dimensão espaço-tempo. Elas são, um despertar  psico-espiritual que nos leva a encarar a vida com toda a sua beleza, força e magia estonteante. Talvez, pela primeira vez, estejamos sendo verdadeiramente tocados pela oportunidade de nos colocarmos face a face com a dimensão do milagre, do sagrado, do mágico e do mistério mais profundo da vida: a dimensão da morte. E talvez, também, pela primeira vez passemos a nos perceber como seres que um dia fomos "enfeitiçados" pelo tempo e nos pertimitimos ser transformados em humanos para vivenciar a rica aventura dessa experiência sobre a face da terra. Portanto... diante do dragão do medo ou da desesperança, o que temos a fazer é  bater  no nosso peito, estendermos nossa mão para o alto bradarmos em alto e bom som: 

SOB AS BÊNÇÃOS DO DIVINO QUE EM MIM HABITA,
EU TENHO A FORÇA! 
EU POSSO!
EU QUERO!
EU MEREÇO!
EU CONSIGO MANIFESTAR A CURA EM MIM!


Uma excelente jornada para todos nós.
Com boas vibrações e 
com nossa FÉ em alta frequência!



sexta-feira, 8 de maio de 2015



Aqui está o livro da descida.
Aqui começa o livro do Santo Graal.
Aqui começam os terrores.
Aqui começam os milagres.

- LENDA DO SANTO GRAAL -

quinta-feira, 7 de maio de 2015

CURAR O INCURÁVEL...




“Eu nunca vi a minha artrite (reumatóide) como alguma coisa negativa da qual eu deveria me livrar, como um inimigo que destruía meu corpo físico. Ao contrário, eu descobri que minha doença trazia consigo mesma algo para eu aprender: ela me instruía, me comunicava uma informação maior e antes de ela destruir minha carne, eu senti a necessidade de me colocar à sua escuta. Eu nunca trabalhei sobre minha artrite para combatê-la: pelo contrário eu desenvolvi uma consciência de doçura, de amor e de escuta pelo meu corpo e suas regiões atingidas. Eu não agia diretamente sobre a doença, mas sobretudo sobre o nascimento em meu corpo da energia de cura. Eu deixava as imagens de destruição surgirem naturalmente durante as práticas de movimento psico-corporal que eu seguia cotidianamente. Eu as contemplava sem julgá-las: elas se apresentavam a minha consciência sobre uma tela interior como se eu estivesse assistindo ao filme de minha autodestruição. Eu tentava compreender o sentido. Elas não me causavam medo. Eu as utilizava para me conhecer. Eu seguia suas pistas, porque tais imagens estavam relacionadas com o estado emocional que eu liberava diretamente. Do fio da agulha, elas me guiaram em direção a outras imagens muito profundamente enterradas em meu inconsciente. Meu corpo, em sua profunda sabedoria, me instruiu sobre as pistas a seguir.
Para me curar, eu percorri, portanto, um trajeto do corpo em direção ao espírito e do espírito em direção ao corpo.”
(Marie Lise Labonté, relatando seu processo de cura de uma doença incurável - a artrite reumatóide - no livro Se guérir grace a ses images intérieures - Curar-se graças a suas imagens interiores - pág. 36 - livre tradução)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

ABRAÇOS COMO REMÉDIO



Abrázate de tantas formas como puedas,
con el cuerpo, con el alma, con la mente, con el corazón,
con el agua, con la tierra, con el aire, con los encuentros,
con las sonrisas, con las palabras, con los momentos bonitos,
con el espacio fresco y cálido, con los colores, con los sabores, 
con los aromas, con los sonidos, con el disfrute,
con el tiempo, en el tiempo, y a tu tiempo.
Abrázate con carino, con amor, con respeto, 
con aceptación, con gratitud
y suelta y respira y fluye y vive.

(autor desconhecido)