NA TRIDIMENSIONALIDADE DO SER: Dando adeus às ilusões...
Compartilhando reflexões sobre o muito do que eu nada sei.
Diante da morte, somos todos solidários em nossa imensa pequenez. Cada tragédia que acontece e a revela despudoradamente tem essa capacidade de coletivamente nos levar a redimensionar nossas extensões: altura, largura e comprimento. Despertamos para o nosso tamanho, com seu início, meio e fim. E nos assustamos ao percebermos que nossa finitude nesse universo tridimensional em que habitamos é tão simples como uma bolha de sabão voando pelo espaço em sua infinitesimal fração de segundos: absolutamente precária, incerta, fugaz... Porque somos, de fato, isso, uma perplexa bolha em sua infinitesimal fração de segundos circulando tão somente no aqui-e-agora por esse espaço-tempo que, em sua inerente sideralidade, abriga milhares-e-milhares-e-milhares-e-milhares-de-anos-luz numa imensurável e quase incompreensível medida!
E, entre outros sentimentos insuspeitos, nosso medo maior ainda continua sendo:
a explosão da bolha no ar,
a queda no vazio,
o coneglamento de nossa imagem e do som que por ela respira
e nossa mais absoluta falta de clareza acerca do mistério que tudo isso envolve.
Talvez a morte seja mesmo o despertar de um sonho!