ONDE TUDO COMEÇA

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terça-feira, 13 de março de 2012

CONQUISTANDO O REINO DAS CRIANCINHAS




CURA: O QUE NOS ENSINAM AS CRIANÇAS

(...) As crianças têm grande capacidade de participar do processo de cura e auto-regulação. Quase sempre como atesta a experiência de todo terapeuta que usa a auto-regulação acompanhada pelo biofeedback com crianças, elas são capazes de aquecer prontamente as mãos (intensificando-lhes o fluxo sanguíneo) apenas através do pensamento.

As crianças, naturalmente abertas, aquiescentes, confiantes, entusiastas, livres de julgamentos e prontas para aprender, podem servir-nos de exemplo quanto ao modo de abordarmos a cura. Podemos olhar suas capacidades e encontrar evidências de um fator vital de cura, uma pronta disposição para a transformação. Elas vivem um processo de aprendizado geral: como andar, correr, falar, andar de bicicleta, ler, escrever; em outras palavras, como lidar com seu corpo, sua língua e sua cultura. Elas estão abertas ao aprendizado e esperam ser capazes de realizar aquilo que se propõem a fazer. Se você lhes diz que podem fazer uma determinada coisa, elas não questionam. Se você disser: "Quando você girar este botão, estará ligando a TV", elas dizem: "Tudo bem" e giram o botão. Você lhes diz que elas podem aquecer as mãos, que podem enviar mais sangue até a ponta dos dedos, ou que podem enviar glóbulos brancos para combater seus tumores e elas dizem: "Tudo bem" e o fazem. As duas tarefas são iguais.

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As crianças têm a capacidade de aceitar sua própria força e responsabilidade livre de rancores ou de culpas. Para os adultos, a idéia de poder assumir a responsabilidade pelo próprio bem-estar normalmente sugere que causamos nossa própria enfermidade. Nossa incerteza diz: "Se sou responsável, sou culpado." Obviamente ninguém opta por adoecer de propósito ou de alguma forma consciente. As crianças  concordam em aprender a trabalhar para o seu bem-estar com a mesma ausência de culpa que teriam se estivessem aprendendo a escrever ou falar.

Existe uma diferença enorme entre assumir uma culpa e aceitar uma responsabilidade. O fato de podermos assumir a responsabilidade, passando a cuidar pessoalmente da nossa saúde e da nossa vida, é uma boa notícia. Como Elmer Green ressaltou, se existem doenças psicossomáticas (coisa de que ninguém duvida), deve existir também a saúde psicossomática. Se podemos nos tornar doentes (sem intenção), podemos - com intenção - promover o nosso bem-estar. É precisamente nessa aceitação da responsabilidade que está o início do verdadeiro processo de cura. Ela representa a passagem de uma "consciência de vítima" para um sentido de fortalecimento.


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(...) Aprender a auto-regular nossas respostas às pressões nos permite aos poucos enfrentar o desafio cheios de energia e de entusiasmo, em lugar de preocupação e desespero. Essa mudança de atitude pode produzir um poderoso efeito de cura. 
(Patricia Norris, in CURAR, CURAR-SE)


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