Nessa busca pela descoberta do meu animal de poder, ela me apareceu. Silenciosa. Com um olhar penetrante. A princípio, me assustei. Ou melhor, me surpreendi. Eu, capricorniana legítima, teimosa, obstinada, rebelde, firme na busca de meus alvos e, sobretudo, no enfrentamento dos obstáculos e adversidades... quase mesmo que adestrada para saltar por cima de tudo que se colocar à frente como intransponível esperava me deparar com um bicho de quatro patas, tipo uma cabra da montanha, uma leoa, uma elefoa, sei lá ... menos um bicho alado! Mas não é que me vi, de repente, face a face com aquele olhar gigante e penetrante tomando forma diante de minha paisagem interna e se desenhando, se mostrando, se revelando cada vez mais real e verdadeiro! Eu me movimentava, fazia alguma outra coisa, mas quando parava para olhar... lá estava ela, silenciosamente me olhando, me observando, seu vulto crescendo, se tornando cada vez maior dentro de minha floresta interna!... Fiquei me perguntando, num primeiro momento, por que ela? Mas, logo em seguida, deixei de lado meus racionais questionamentos, obedeci a esse sagrado comando interno e agradeci. Descobri, entre outras coisas que Ela está associada à morte, à transformação. Mas... Como diz a Clarissa Pinkola Estés, “a morte está sempre no processo de incubar uma vida nova, mesmo quando nossa existência foi retalhada até os ossos.” E penso que não há nada a temer. Para mim, essa força vem me mostrar o tanto de coisas eu preciso mudar, transformar e renovar em minha vida, me libertando de velhos hábitos que só têm contribuído para o adoecer. É composta pelas partes de mim mesma que me chamam a atenção para aquilo que devo fazer nascer e para aquilo que devo fazer morrer em minha vida.
Tem ainda os seguintes significados:
Coruja significa brilhante, cintilante, aquela que enxerga nas trevas, e é um termo de origem grega. Possui ainda em sua essência e sabedoria: habilidades ocultas, capacidade de ver na escuridão (gostei dessa!), a vigília (também adorei!), a sombra, a sabedoria antiga. Na mitologia grega, as aves por voarem eram consideradas os seres mais próximos dos deuses. A coruja sábia, atenta era a companhia da deusa grega do saber, Atena, e é considerada o símbolo da sabedoria.
Em latim chama Noctua, a ave da noite. A coruja é o símbolo da reflexão, do conhecimento racional e intuitivo que permite que ela domine as trevas. Enquanto todos dormem ela fica acordada, de olhos arregalados, vigilante, atenta aos barulhos da noite, sendo para muitas culturas uma poderosa e profunda conhecedora do oculto. A coruja quando deseja olhar melhor o objeto de sua curiosidade consegue girar 270º somente seu pescoço, permanecendo com o resto do corpo sem o menor movimento.
Em resumo: ela é considerada a “águia da noite”, é símbolo da vigilância, da meditação e da capacidade de enxergar nas trevas, com uma visão e audição fabulosas.
Obrigada meu divino Pai Celestial pela manifestação desta força psíquica!
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